O “Falaê Alagoinhas”, focado no segmento religioso, realizou na noite desta terça-feira (21), no Sindicato dos Comerciários, um encontro com espíritas e membros de religiões de matriz oriental. O objetivo foi ouvir suas necessidades e melhorias para incorporá-las ao plano de governo de Gustavo Carmo (PSD) e Luciano Sérgio (PT).
Devido ao ambiente mais íntimo, os pré-candidatos fizeram questão de alterar a dinâmica da reunião, permitindo que os participantes apresentassem suas demandas sem pressa. Cada um teve a oportunidade de se apresentar e compartilhar sua história dentro de sua religião.
As principais demandas apresentadas pelo público focaram em infraestrutura adequada para o atendimento social, como destacou Luciano Sérgio: “Esses segmentos religiosos têm um raio de atuação muito profundo em assistência social, atuando por meio de instituições de caridade e ajudando os mais necessitados. No entanto, enfrentam dificuldades relacionadas à infraestrutura local, como iluminação e transporte”.
Gustavo Carmo reconheceu a polarização política dentro das religiões, o que faz com que algumas tenham mais visibilidade e apoio do poder público do que outras. No entanto, ele ressaltou que seu Programa de Governo Participativo (PGP) visa dar visibilidade a todas as crenças: “Trouxemos uma iniciativa inédita, dando voz a todas as religiões. Temos nos reunido com a comunidade evangélica, religiões de matriz africana, agora com vocês, espíritas e religiões de matriz oriental. Esses encontros têm nos proporcionando um olhar mais rico e cuidadoso às questões específicas que cada um de vocês traz. Mesmo sendo um caminho mais trabalhoso, acreditamos que essa é a verdadeira forma de fazer política”.
José Barbosa, do segmento espírita, parabenizou a iniciativa: “Além de apresentar minhas propostas, quero sugerir que esse momento de escuta seja mantido, dando oportunidade a todas as crenças e comunidades para expressar suas necessidades. Entendemos que lidar com políticas públicas não é fácil, mas para que haja melhora, esse movimento de escuta é necessário”.