Na última terça-feira (14), a cidade de Alagoinhas foi palco de mais um lamentável caso de perseguição política de gênero, escancarando que ainda vivemos em uma sociedade resistente à evolução, onde mulheres são descredibilizadas e atacadas com o claro intuito de impedir que exerçam sua luta em defesa da população.
Durante uma sessão na câmara de vereadores de Alagoinhas, a vereadora Juci Cardoso foi alvo de insultos e, posteriormente, vítima de fake news. Anteriormente, em fevereiro, ela também sofreu ataques de grupos de oposição durante uma visita ao bairro Jardim Petrolar com Gustavo Carmo para tratar de assuntos políticos. Os agressores espalharam montagens no WhatsApp insinuando que Juci havia “sentado no colinho” de políticos que antes criticara. Ela desabafou nas redes sociais e recebeu apoio, incluindo o de Gustavo.
O que Juci enfrenta não é um caso isolado na política. Outro exemplo, também na Bahia, foi o vivenciado pela pré-candidata à prefeitura de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, que registrou uma queixa na delegacia de Entre Rios nesta quinta-feira (16) após sofrer perseguição política, incluindo agressões verbais e ataques físicos à sua equipe.
Na última quinta-feira (9), a prefeita de Aporá, Carine de Ataíde, também foi vítima de ataques misóginos em um discurso de um vereador na Câmara Municipal, que insinuou que ela “dormia” com o povo. Carine denunciou o caso na delegacia de Aporá e pediu mais respeito às mulheres em suas redes sociais.
Gustavo Carmo expressou solidariedade a Juci Cardoso, Maria Quitéria e Carine de Ataíde, além de tantas outras mulheres que sofrem ataques políticos, muitos dos quais nem chegam ao conhecimento público. Ele declarou:
“Todo tipo de violência contra a mulher é abominável. No entanto, em tempos de eleições, os casos de violência sofrida pelas mulheres em espaços políticos estão cada vez mais frequentes e não podem passar despercebidos, nem sem punição. Isso só fortalece o machismo, desencoraja a participação feminina na política e vai contra os princípios democráticos. Que a justiça seja feita, protegendo a liberdade e a dignidade destas mulheres para que possam seguir com seu trabalho em prol do povo.”