Gustavo Carmo (PSD) e Luciano Sérgio (PT) reuniram-se nesta segunda-feira (12) com representantes do movimento LGBTQIAPN+ de Alagoinhas, no Centro Diocesano, durante a edição temática do “Falaê Alagoinhas” — programa de escuta popular dos candidatos. O encontro teve como objetivo discutir as demandas da comunidade LGBTQIAPN+, buscando incorporar suas ideias e sugestões ao plano de governo.
A coordenadora do Núcleo LGBTQIAPN+ do governo da Bahia, Tiffany Conceição, uma das convidadas especiais do evento, destacou a importância de fortalecer as pautas LGBT+ para a construção de políticas públicas no município: “Ouvir as demandas e necessidades da população LGBTQIAPN+ e compreender as violências que essas pessoas enfrentam diariamente é essencial para que a gestão pública possa desenvolver ações que realmente combatam esses dados alarmantes. Este espaço é crucial, pois demonstra o comprometimento dos candidatos com uma construção democrática”.
Millena Passos, ativista trans e vice-presidenta da União Nacional LGBT, também contribuiu para o debate, abordando os estigmas enfrentados pela população LGBTQIAPN+: “Nós, LGBT+, não somos apenas aquelas figuras estereotipadas que aparecem na televisão. Estamos envolvidos(as) em debates políticos e atuando na transformação social, como hoje, neste momento. Espero que as propostas LGBT+ deste município sejam reais, focadas em cultura, saúde e educação.”
Gustavo Carmo falou sobre a profundidade dos diálogos promovidos no encontro, enfatizando a importância da construção coletiva: “O momento foi marcado por discussões valiosas e também por muita emoção, pois tratamos de temas sensíveis que afetam essa comunidade. Valorizo muito a presença de todos que estiveram aqui conosco, dispostos a construir, lado a lado, políticas para transformar essa realidade.”
Luciano Sérgio ressaltou a importância do encontro para o fortalecimento da comunidade LGBTQIAPN+ e delineou os próximos passos após os debates: “Estou emocionado por estar neste Falaê, debatendo questões cruciais para essa comunidade, que demonstrou, em cada fala, o desejo de ser ouvida. A partir daqui, construiremos propostas jamais vistas em Alagoinhas, de modo que essa construção possa constar efetivamente no orçamento público.”
Gizele, que se identifica como travesti, ressaltou a necessidade de maior mobilização dos movimentos LGBTQIAPN+ no município, além do fortalecimento das políticas públicas: “O movimento voltado para o nosso público na cidade ainda é invisível e com poucas mobilizações. Nós é que levantamos nossa própria bandeira. Precisamos de mais diálogos como o de hoje e, de fato, exigir políticas públicas eficazes para nossa comunidade.”
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